
O tempo que se passa dentro de um ônibus se vê de tudo, principalmente se ouve de tudo. E as histórias ou situações são incríveis. Umas hilárias, outras absurdas, algumas violentas.
Mesmo correndo o risco de parecer enxerido para uns, para mim se tornou um divertimento prestar atenção nas pessoas dos ônibus, algo com o qual posso me distrair ao utilizar uma série de ônibus lotados, sem conforto, além dos inúmeros tráfegos que pegamos diariamente. Vida de PSC (Pessoa Sem Carro) é muito, muito difícil. Na verdade, não sei o que é pior…
A Janela:
Estava eu indo para Valença... Entrei no ônibus, sentei no meu lugar, quando olho pro lado tem 2 mulheres reclamando do calor e tentando abrir a janela, botando a maior força as duas.
E eu olhando...
Outra mulher que estava sentada na cadeira de trás falou "calma que isso precisa de força" e se levantou e aplicou toda a força possível.
Nesse momento eu e todo o resto do ônibus estávamos olhando a situação.
Depois de umas 3 tentativas da mulher do corredor e mais umas 2 da mulher da janela, e umas 5 da mulher de trás eu cansei de rir por dentro e finalmente fiz o aviso: “Moças... esse ônibus é de ar condicionado, a janela não abre." Ambas responderam "Ah..." enquanto eu soltava um sorriso de canto de boca e o resto do ônibus caia em gargalhada.
A grávida:
- Naty senta do meu lado não viaja ai só.
- Não Rafa, vou aqui na janela.
Entra uma grávida no ônibus e senta do lado da minha prima, e começa a seção cuspe, só que toda vez que ela ia cuspir (de dois em dois minutos) ela que estava sentada no corredor se esticava e cuspia por cima de minha prima, e claro com o ônibus em movimento metade do cuspe caia em Naty, o ponto alto foi quando ela foi cuspi e vomitou (nessa hora pensei que ia assistir o primeiro parto oral de tanto barulho que a grávida fazia).
Moral da história quando minha prima veio se queixar comigo toda cuspida e vomitada eu falei o bom e velho “Eu avisei”.
Pivete ninja moído.
Certa feita um cara estava com o braço na janela do ônibus, de repente um pivete ninja salta e agarra o braço dele visando o relógio, o cara não pensou duas vezes segurou o pivete com a outra mão e mandou o motorista arrancar... Foi massa. É melhor eu não dizer o que aconteceu com o pivete para vocês não me chamarem de sádico.
A pedra.
Eu já estava sentado no meu lugar de sempre (sempre pego a cadeira 13 que é na janela e no meio do ônibus) no ônibus que vai para Valença quase dormindo antes do Buzão sair quando a guria que tava do meu lado pediu para trocar de lugar com ela, pois não estava se sentido bem, eu muito contrariado troquei, e no decorrer da viajem a guria não sentiu nada, quer dizer até a hora que já estávamos chegando em Valença e lançaram uma pedra em direção ao ônibus e pegou na cabeça dela que sangrou um pouco, eu não agüentei e comecei a rir e ela falou: - Essa pedra era pra você. Eu não agüentei e rir mais ainda... E pensei agora você aprende duas coisas. Nunca mais rouba a janela de ninguém e que o numero treze da muito azar para algumas pessoas...
Hoje em dia pior do que entrar em um ônibus cheio é ainda ficar ouvindo música dos celulares dos outros, e essas musicas são as piores possíveis, porque quem geralmente faz isso ou é um pobre querendo aparecer e coloca um arrocha ou um crente querendo tirar o capeta de todo mundo no ônibus e toca um gospel (isso só me faz ter mais raiva deles).
Boa Viagjem (com "j" e "g" você escolhe).